segunda-feira, 22 de abril de 2013

Alexandre, o Grande


Alexandre foi príncipe e rei da Macedônia, filho do Rei Felipe II e Olímpia do Épiro, uma fiel mística e ardente do deus grego Dionísio.
Alexandre apresentava desde a infância grande vocação para governar, a partir dos 16 anos de idade juntou-se o pai nas tarefas administrativas do império macedônico, tornou-se rei aos 20 anos de idade, logo após o assassinato de seu pai, foi um celebre conquistador do mundo antigo, conquistou um império que ia dos Balcãs a Índia. Seu Império era o maior e mais rico que já tinha existido, graças a sua habilidade e sagacidade militar.
Por ter sido educado pelo filósofo grego Aristóteles dos 13 aos 16 anos, Alexandre tinha uma grande admiração pela cultura helênica. "Era preocupação de Alexandre difundir a cultura grega (helênica) por cada lugar que passava”. A união de todo o Mediterrâneo oriental sob o seu comando propiciou a criação de uma cultura única em que traços gregos foram misturados a traços regionais. 
Alexandre era um homem de visão extremamente inteligente, tentando criar uma síntese entre o oriente e ocidente, e admirador das ciências e das artes, por outro lado, profundamente instável e sanguinário.

Sobre o Filme

Diretor


 Oliver Stone estudou nas universidades de Yale e de Nova Iorque. Ganhou dois Oscar de melhor diretor com os filmes Platoon  e Born on the Fourth of July.
            Uma característica dos filmes de Oliver Stone reside no uso de câmaras e formatos de filme diferentes, que podem ir do VHS ao filme de 8mm até 70mm.
            Stone escreveu ou participou em todos os filmes que dirigiu à excepção de U Turn, de 1997. Para, além disso, ajudou nos argumentos de Midnight Express (O Expresso da Meia Noite), Conan the Barbarian (Conan, o Bárbaro), Scarface, Year of the Dragon 8 Million Ways to Die e Evita.
            Por gostar bastante de fazer filmes que causam alguma polêmica, alguns críticos acusam Stone de ser um teórico da conspiração e que os seus filmes manipulam os espectadores, mas apesar disso muitos consideram também que Stone é um dos melhores realizadores de Hollywood e também o mais controverso. O filme JFK foi incluído em quinto lugar na lista dos 25 filmes mais controversos de todos os tempos, feita pela Entertainment Weekly, em 16 de junho 2006.

 


   "Um dos grandes momentos da história da humanidade em uma jornada selvagem, memorável e de tirar o fôlego." Oliver Stone recria a poderosa e verdadeira história de Alexandre o Grande (Colin Farrell), que no quarto século antes de Cristo havia conquistado a Grécia, a Pérsia, o Afeganistão e a Índia – ou seja, 90% do "Mundo Conhecido" até então. Mesmo tendo enfrentado grandes exércitos de bidas e elefantes, ele nunca perdeu uma batalha! Visionário, explorador e sonhador, ele era também um filho carinhoso, ferido pelo amor e pela ambição de sua mãe (Angelina Jolie) e pela eterna necessidade de agradar a seu pai (Val Kilmer). Seu sonho moldou o mundo como o conhecemos hoje. 


Sinopse e detalhes

   Junho de 323 A.C., Babilônia, Pérsia. Quando faltava um mês para completar 33 anos, morre precocemente Alexandre. Em Alexandria, Egito, 40 anos depois. Ptolomeu (Anthony Hopkins), um general de Alexandre que o conhecia bem, narra para Cadmo, um escriba, que se tornou o guardião do corpo de Alexandre, que ali está embalsamado à moda egípcia (Ptolomeu se tornou faraó, pois ficou com o Egito quando o império foi dividido). Tristemente Ptolomeu frisa que as grandes vitórias dos exércitos de Alexandre foram esquecidas e diz para Cadmo que Alexandre era um Deus, ou a pessoa mais perto disso, que já vira. Apesar de ser chamado de tirano, Ptolomeu diz que só os fortes governam, mas Alexandre era mais, pois mudou o mundo. Antes dele havia tribos e depois dele tudo passou a ser possível. Surgiu a idéia que o mundo poderia ser governado por um só rei. Era um império não de terras e de ouro, mas da mente, uma civilização helênica aberta a todos. No oriente, o vasto império persa dominava quase todo o mundo conhecido. No ocidente, as outrora cidades-estado gregas, Tebas, Atenas, Esparta, haviam perdido o orgulho. Os reis persas subornavam os gregos com ouro, para usá-los como mercenários. O pai de Alexandre, Felipe, o Caolho começou a mudar tudo isso, unindo tribos de pastores ignorantes das terras altas e baixas. Com sua coragem e seu sangue criou um exército profissional, que subjugou os traiçoeiros gregos. Então voltou-se para a Pérsia, onde se dizia que o rei Dario, em seu trono na Babilônia, temia Felipe. Foi dessa viril guerreira que nasceu Alexandre, em Pela, Macedônia. A mãe, a rainha Olímpia, era chamada por alguns de feiticeira e diziam que Alexandre era filho de Dionísio ou Zeus. Mas não havia um homem na Macedônia que, vendo pai e filho juntos, não tivesse dúvidas, mas nenhum poderia imaginar o fabuloso destino de Alexandre. 



http://omelete.uol.com.br/cinema/ialexandre-o-grandei-divulgado-o-poster/







As Dimensões do Império

Os domínios do império de Alexandre ultrapassaram cinco milhões de km², entre 335 a.C. e 323 a.C. Alexandre comandou seu exercito avançando contra os persas no território atual da Turquia, contornando a costa do Mediterrâneo e conquistando o Egito, no norte da África. Logo depois dominou boa parte do Oriente Médio e o oeste da Ásia, parando nas fronteiras ocidentais da Índia,pois seus soldados se recusaram a seguir.

Territórios conquistados por Alexandre – Fonte: http://explorethemed.com/AlexanderPt.asp





Alexandrias

O sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental à ocidental, começou a concretizar-se. O rei da Macedônia iniciou um processo pessoal de orientalização ao tomar contato com a civilização egípcia. Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios e até se apresentou no santuário do oásis de Siwa, onde foi reconhecido como filho de Amon e sucessor dos faraós. Em 332 fundou Alexandria, cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antigüidade.
Para unificar suas conquistas, Alexandre fundou várias cidades ao longo de suas conquistas, muitas das quais se chamaram Alexandria em sua homenagem.
Essas cidades estavam bem situadas, bem pavimentadas e contavam com bom serviço de abastecimento de água. Eram autônomas mas sujeitas aos editos do rei. Os veteranos gregos de seu exército, bem como os soldados jovens, negociantes, comerciantes e eruditos, se instalaram nelas, levando consigo a cultura e a língua gregas. Assim, Alexandre estendeu amplamente a influência da civilização grega e preparou o caminho para os reinos do período helenístico e a posterior expansão de Roma.








http://vitoriarosa7b.blogspot.com.br/2009/11/alexandria.html


Leitura dos estilos arquitetônicos das cidades e regiões influenciadas pelo Império de Alexandre


Arquitetura Persa

 A arquitetura Persa teve dois grandes momentos. O primeiro corresponde à dinastia dos Aquemênidas (550 a 331 a.C.), à qual pertencia Ciro, o Grande. Deste período restam as ruínas de Pasárgada – capital do reinado de Ciro II, o grande. Com a ascensão ao poder dos Selêucidas, as obras arquitetônicas persas receberam uma influência marcante do estilo grego. Esta fase histórica teve início com a conquista da Pérsia por Alexandre Magno em 331 a.C. Mas foi durante a dinastia Sassânida, que principiou em 226 d.C. e durou até 641 d.C, com a chegada do Islã ao poder, que ocorreu um renascimento na arquitetura. Os principais sinais históricos remanescentes desta época são as ruínas dos palácios de Firuzabad, Girra e Sarvestan e as amplas salas abobadadas de Ctesifonte.

Arquitetura Persa – Fonte: http://www.santovivo.net/gpage247.aspx

Palácio do Rei Dario I, o Grande – Fonte: http://www.brasilescola.com/historiag/arte-persa.htm

Arquitetura em Teerã – Fonte: http://www.historiadomundo.com.br/persa/arte-e-arquitetura-persa.htm




Pelas imagens pode-se considerar a arquitetura persa como erudita, pois obedece normas e padrões e foi construída com a participação de algum profissional da área.

Arquitetura Egípcia

 A conquista do Egito por Alexandre Magno, em 332 a.C., e pelos romanos, no ano 30 a.C., introduziu o Egito na esfera do mundo clássico, embora persistissem suas antigas tradições artísticas. Alexandre e seus sucessores aparecem representados em relevo nos muros dos templos como se fossem autênticos faraós — e num claro estilo egípcio, e não clássico. Os templos construídos durante o período ptolomaico (helênico) repetem os modelos arquitetônicos tradicionais do Egito.

Arquitetura Egípcia – Fonte: http://estudosdedesign.blogspot.com.br/2010/12/arquitetura-e-mobiliario-antigo-egito.html



Arquitetura Egípcia – Fonte: http://estudosdedesign.blogspot.com.br/2010/12/arquitetura-e-mobiliario-antigo-egito.html

Arquitetura Egípcia – Fonte: http://estudosdedesign.blogspot.com.br/2010/12/arquitetura-e-mobiliario-antigo-egito.html

Pirâmides do Egito – Fonte: http://estudosdedesign.blogspot.com.br/2010/12/arquitetura-e-mobiliario-antigo-egito.html




A arquitetura do Egito também é erudita pela complexidade e riqueza de detalhes de suas construções, a exemplo das famosas pirâmides do Egito.

Arquitetura da Macedônia

Por conta da proximidade, a Macedônia tem sua cultura e estilo arquitetônico vinculados a Grécia e aos povos que habitavam a região da Anatólia. Na arquitetura, detectou-se também uma influência oriental, presente no aparecimento do arco e da abóbada. Vulgarizou-se o uso do capitel coríntio – traços do que se tornou uma arquitetura vernacular. 

Arquitetura Indiana

À altura das conquistas de Alexandre, a cultura de países distantes como a Índia e Afeganistão, já possuíam antiquíssima tradição artística, contudo, a arte helenística foi capaz de influenciar e inaugurar uma tipologia escultórica nova, de imensa importância para a religião Budista, a própria imagem do Buda, quando até então sua representação era tabu. As estupas - tipo de monumento ou parte de um templo - eram produzidas em estilo grego, adornado com colunas coríntias numa excelente execução helenística.

Elementos comuns a todas as culturas influenciadas pelo Império de Alexandre

Tanto a cultura Persa quanto a cultura Egípcia tiveram influência da cultura clássica.
O resultado da difusão entre as culturas oriental e ocidental foi o surgimento de uma nova cultura e manifestação artística, a Helenística. Nesse cenário, a arquitetura caracterizou-se pela origem de um novo estilo de coluna: o estilo coríntio, e pela construção de luxuosos palácios e templos.
Alexandre contribuiu para a difusão da cultura grega no Oriente. Além de ter sido usada como base para a arte helenística, os elementos da arquitetura grega podiam ser detectados nas várias cidades e regiões conquistadas por ele.
Para além dos templos, o império helenístico teve necessidade de novas tipologias (ginásios, teatros, grandes palácios e altares monumentais) que respondessem à vontade de monumentalidade e às novas funções exigidas pela vida cultural e política do Império. Inspirada diretamente na arte clássica, a arquitetura helenística manteve o uso das origens gregas (dórica, jônica e coríntia) e a forma canônica do templo, como se verifica nos grandes templos construídos na Ásia Menor. O gosto helenístico pelo conhecimento ditou a constituição de enormes bibliotecas, como as de Pérgamo e de Alexandria.

O Legado de Alexandre, o Grande

Alexandre contribuiu para a difusão da cultura grega no Oriente, suas conquistas aproximaram Ocidente e Oriente, dando origem a uma nova cultura, a helenística, resultado da mistura das culturas ocidental e oriental. Em grande parte, essa mistura foi estimulada pelo próprio Alexandre, que além de ser tolerante em relação à religião e cultura dos povos conquistados, incentivava que os homens do exército se casassem com mulheres orientais. Ele próprio deu o exemplo, casando-se com três princesas persas, e teve dois filhos: um com uma de suas esposas e o outro com uma de suas concubinas. A figura de Alexandre acabou servindo de inspiração para outro líder militar que viveu depois dele: Júlio César, o general romano que fundamentou as bases do que veio a se tornar o Império Romano.
A cultura do Antigo Egito impressionou Alexandre desde os primeiros dias de sua estadia naquele país. Os grandes vestígios que ele via por toda parte lhe cativaram até o ponto que ele quis "faraonizar-se" como aqueles reis quase míticos. A História da Arte nos tem deixado testemunhos destes feitos e apetências. Em Karnak existe um relevo onde se vê Alexandre fazendo as oferendas ao deus Amon. Veste a indumentária faraônica:
·         Klaft faraónico (manto que cobre a cabeça e vai por trás das orelhas, clássico do antigo Egito), mais a "Coroa Dupla", vermelha e branca, que se sustenta em equilíbrio instável.
·         Cauda litúrgica de chacal, que com o tempo se transformou em "cauda de vaca".
·         Oferenda em quatro vasos como símbolo para indicar "quantidade", "repetição", "abundância" e "multiplicação".
Nos hieróglifos do muro se distinguem, além dos títulos de Alexandre – faraó que se representam dentro de um serej e um cartucho egípcio.

Alexandre, O grande – Fonte: pt.wikipedia.org
Após a morte de Alexandre, Roma recuperou o legado helenístico, e a miragem do seu império: Crasso e Marco António tentaram conquistar a Pérsia com péssimos resultados. Trajano morreu a meio de uma expedição, Septímio Severo teve o bom senso de desistir a meio e só Heráclito, no período bizantino, teve uma campanha vitoriosa: debalde, pois os árabes acabaram com a Pérsia Sassânida, enfraquecida pelas longas guerras com o Império Bizantino.
 O ocidente medieval viu em Alexandre o perfeito cavaleiro, incluindo no grupo dos nove bravos e estabeleceu lendas e o "Romance de Alexandre". Luís XIV apreciava vestir-se como Alexandre (à maneira do século XVII obviamente) e esse epíteto seria sempre apreciado por monarcas absolutos.
Embora se tratasse de um líder carismático, a maior importância de seu império foi que, pela primeira vez, pôde haver uma troca livre de ideias entre as culturas de duas vastas regiões que, até então, haviam permanecido isoladas uma da outra. Ao contrário de outros líderes vitoriosos, Alexandre não somente foi receptivo às ideias dos povos conquistados como também adotou algumas delas que conheceu na organização política persa. Por outro lado, a arte grega também pode receber grande influência da indiana. Antes de sua morte prematura, por causa natural, aos 33 anos de idade, Alexandre construiu a cidade de Alexandria, no Egito, cuja preciosa biblioteca sobreviveu durante mil anos e acabou se tornando o maior centro de conhecimento do mundo.



Alexandre (à direita) ouve os conselhos e orientações de seu tutor, Aristóteles - Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande

 “Era sua vontade tomar toda a terra habitável sujeita à mesma razão e todos os homens cidadãos do mesmo governo.”
Plutarco, cit. in Bonnard, 1972, II :203



Referências:
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-foi-alexandre-o-grande
http://www.girafamania.com.br/introducao/alexandre_grande.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/alexandre-o-grande-como-o-rei-da-macedonia-construiu-seu-imperio.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/biblioteca-alexandria/alexandre-o-grande-5.php
http://www.filmesdecinema.com.br/filme-alexandre-129/
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-51115/
http://www.infoescola.com/artes/arte-persa/
http://www.historiadomundo.com.br/egipcia/arte-e-arquitetura-do-egito.htm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/alexandre-o-grande-como-o-rei-da-macedonia-construiu-seu-imperio.htm
http://www.infoescola.com/historia/alexandre-magno-e-a-cultura-helenistica/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maced%C3%B3nia_Antiga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escultura_helen%C3%ADstica#Escultura_arquitetural
http://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_helen%C3%ADstico#Arte
http://www.infopedia.pt/$arte-helenistica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre,_o_Grande
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/alexandre-o-grande-como-o-rei-da-macedonia-construiu-seu-imperio.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/biblioteca-alexandria/alexandre-o-grande1.php
www.meusestudos.com












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